segunda-feira, novembro 10, 2008


Quem acompanha o que escrevo deve ter notado que eu não me importo muito com conectivos. As coisas, palavras, sentimentos, não precisam de conectivos para fazerem sentido. Basta estarem juntas.

, é medo.


Em casa, passei a não olhar para os lados, passei a não pensar na minha situação de morador solitário. Pensar nisso seria como treinar o medo fraquinho que tenho, seria como alimentá-lo até que um dia ele me obrigasse a depender de companhias. Não quero depender de companhias.

Todo mundo tem medo de estar só. Seja o medo bobo de ver espíritos como ouvi de Paulinha, seja o medo de ladrões que meu irmão tem, ou o medo da solidão, essa tal que sempre aparece com o silêncio típico dos lugares onde não se conversa.

Agora olho apenas para a frente. Não quero ter medos, preciso é de objetivos.

segunda-feira, outubro 13, 2008

Gente


Eu vejo gente interessante por todos lados. Não sei se pela curiosidade de nerd ou pelo simples fato de gostar de gente, as pessoas se tornam interessantes para mim.

Gente é uma coisa esquisita por definição. Você conhece mas nunca conhece realmente, não importa o que essa gente pareça ser, ela vai ser diferente do que você vê.

Seja diferente por ser aquilo que você pensou e mais um pouco, seja por não ser nada daquilo, seja por ser muito menos. Você simplesmente não pode prever uma pessoa, e volto a dizer, mesmo que a conheça.

Eu sou previsível. Já ouvi isso milhares de vezes, mas sou suficientemente demente para não prever nada de ninguém. Não consigo antecipar nenhuma reação, nenhum ato. Não consigo nunca estimar o que aquela pessoa é capaz ou não de fazer. Sou sempre surpreendido, deve ser por isso que gosto tanto de gente.

Ao contrário do que possa parecer, eu não gosto de muita gente, moro sozinho e gosto de gente só. Entenda que não gosto de gente isolada, mas de gente aos poucos, gente na proximidade certa, pra que eu possa vencer minhas limitações e entender a gente.

sábado, setembro 06, 2008

Nada

Não sei mais onde se escondem as conversas interessantes capazes de fazer alguém se atrasar para a cama, as palavras criativas que podiam tornar os minutos passados mais agradáveis, mais cheios de cor.

Não sei onde ando, nem onde se escondeu minha capacidade de ser suave, sutil, amoroso e pesado. Minha capacidade de guardar o peso das coisas e liberá-lo aos poucos. Liberá-lo à medida em que esse peso sobre o corpo é capaz de dar prazer.

Me tornei incapaz de dar prazer, fazer e tornar feliz. Não tenho peso, sou leve demais. De uma leveza sem sabor, vazia.

quinta-feira, setembro 04, 2008

Não há nenhum motivo para voltar. Não tenho leitores, não tenho habilidades literárias e muito menos disposição. Prova disso são os tantos  meses (ou seriam anos) que esse blog passou sem atenção.

No entanto, eu acho que tenho um motivo, eu tenho assunto. Chega a ser engraçado me dar conta disso, mas assunto não me falta. Se vai ser interessante ou não é outra história, mas é engraçado me dar conta de como as coisas acontecem comigo. Elas simplesmente acontecem.

Outro dia, eu fazia uma jantar pra Julianne e mostrava a ela a foto na parede que deve ser publicada em breve. Contei a história com alguns detalhes e ela me volta: Isso só acontece com você, Moreno.

Pode ser, mas acontece tão naturalmente que não paro pra me dar conta de que isso pode virar história. Bom, se pode virar história, decidi agora vai virar, esse será o meu motivo.

O Nerd está em apuros outra vez.